Hoje é a vez de apresentarmos a história de vida da Iédem, um dos muitos cases do Pescar, e que hoje segue na Mercur, em Santa Cruz do Sul (RS):

1. FPP - Como e quando o Pescar surgiu na tua vida? Foi aos 18 anos, em um dos momentos mais delicados do meu existir, quando me deparei com uma gravidez na adolescência. 

Minha avó, que foi quem me criou, não aceitou e me expulsou de casa. 

Passei a morar então com os meus sogros, em uma comunidade mais vulnerável da cidade, em um "puxadinho" nos fundos. Foi um choque de realidade. 

No entanto, a Dona Neli (minha sogra na época) é uma pessoa incrível, de um coração do tamanho do mundo. 

Aprendi muito sobre Fraternidade e fui presenteada com uma Mãe.

Em meados de fevereiro de 2010 a Dona Neli aparece com um cartaz de um projeto, que oferecia um curso profissionalizante, salario...uma série de benefícios, uma oportunidade, um sonho!

"Agarro essa oportunidade com as duas mãos". 

Me inscrevo para o projeto e sou selecionada!

2. FPP - Como foi o período no Pescar?

O Projeto Pescar e a Mercur foram um presente em minha vida. Ampliei minha visão de mundo através da convivência em grupo, do próprio conhecimento adquirido nos conteúdos e, principalmente, através dos voluntários.

3. FPP - Como está a tua realidade hoje?

Após a minha formatura em 2011, comecei a atuar na Mercur na área de TH, um ano depois concorro a uma vaga interna e sou selecionada para a área comercial, após a área comercial, em 2014 recebi o convite para atuar como Articuladora do Laboratório de Inovação Social da Mercur.

Já em 2018 fui convidada para anfitriar um projeto de gestão da aprendizagem da Mercur e contribuir com o meu expertise na sistematização do conhecimento e cocriação de um fluxo de aprendizagem organizacional, inaugurando então uma área de aprendizagem e passando a fazer parte dela. Hoje estou integrada a Área de Talentos Humanos da Mercur, atuando como Articuladora de Aprendizagem,  cocriando oportunidades de transformação e evolução, através da educação. 

Recebo " o agora" como dádiva, e me sinto assim, devolvendo pro mundo, o que um dia recebi.